Manter a lubrificação correta é vital para a saúde do seu carro. Entenda os prazos e os cuidados essenciais.
O óleo do motor é um componente vital para a saúde e a longevidade do seu SUV. Muitas vezes comparado ao sangue do corpo humano, ele garante que todas as peças internas trabalhem em harmonia. Sem o cuidado correto, o motor sofre um desgaste severo e silencioso.
Muitos pensam que o óleo serve apenas para lubrificar. No entanto, suas funções são muito mais complexas. Ele é um fluido de alta tecnologia, projetado para realizar várias tarefas ao mesmo tempo dentro do motor.
A principal delas é criar uma película protetora entre as peças metálicas. Essa camada evita o atrito direto, o que reduz o desgaste dos componentes. Como resultado, o motor funciona de forma mais suave e silenciosa.
Além disso, o óleo atua na refrigeração, absorvendo o calor de áreas críticas que o sistema de arrefecimento não alcança com tanta eficiência. Outra função importante é a de limpeza. O óleo possui aditivos que agem como detergentes.
Eles limpam as superfícies internas e mantêm as impurezas em suspensão. É por isso que o óleo escurece com o tempo. Um óleo escuro, portanto, significa que ele está cumprindo bem o seu papel de manter o motor limpo e livre de borras.
Escolher o óleo correto não é uma questão de preferência, mas uma exigência da engenharia do seu carro. Existem basicamente três tipos de base para o lubrificante: mineral, sintético e semissintético.
O óleo mineral é o mais tradicional, derivado do petróleo. Já o sintético é desenvolvido em laboratório, sendo mais puro e estável. O semissintético, por sua vez, é uma mistura dos dois.
A sigla mais famosa é a de viscosidade, como "5W-30". A viscosidade é a medida de resistência do óleo para escorrer. O primeiro número, seguido de "W" (inverno, em inglês), indica a fluidez em baixas temperaturas. Quanto menor o número, mais rápido o óleo circula na partida a frio, momento de maior desgaste do motor.
O segundo número indica a viscosidade na temperatura normal de funcionamento do motor. Ele garante que o óleo mantenha uma camada de proteção forte mesmo quando o carro está quente. Usar uma viscosidade diferente da recomendada no manual pode prejudicar a lubrificação e acelerar o desgaste das peças.
Essa é a dúvida mais comum entre os motoristas. A regra de ouro é sempre seguir o que diz o manual do proprietário. A troca deve ser feita pelo limite de quilometragem ou de tempo, o que vier primeiro. Por exemplo, a cada 10.000 km ou 12 meses.
Muitas pessoas esquecem do fator tempo, principalmente quem usa pouco o carro. Mesmo parado, o óleo se degrada. Ele oxida em contato com o ar e pode ser contaminado pela umidade.
Dessa forma, ele perde suas propriedades protetoras. Um carro que rodou apenas 2.000 km em um ano ainda precisa ter o óleo trocado por ter atingido o prazo. Além disso, é preciso entender o seu tipo de uso. A maioria dos motoristas urbanos se encaixa no "uso severo".
Isso inclui trajetos curtos, trânsito intenso no "anda e para" e estradas de terra. Nessas condições, o intervalo de troca recomendado pelo manual costuma ser reduzido pela metade. Por exemplo, de 10.000 km para 5.000 km.
Seguir a recomendação da fabricante é a melhor forma de garantir o desempenho e a durabilidade do seu Hyundai. Utilizar o óleo com a especificação correta é também uma condição para manter a garantia de fábrica. Confira as recomendações para os modelos vendidos no Brasil:
Para o motor 1.0 T-GDI, o recomendado é o óleo 0W-30 (API SN+ ou superior). Já para o motor 2.0 Aspirado, a especificação é 5W-30 (API SP ou superior). Em ambos, a troca em uso normal é a cada 10.000 km ou 12 meses. Em uso severo, o prazo cai para 5.000 km ou 6 meses.
A nova geração do Tucson com motor 1.6 T-GDI a gasolina utiliza o óleo 5W-30 sintético. Os prazos de troca variam conforme o manual, mas seguem a mesma lógica de redução pela metade em caso de uso severo.
O motor 3.8 V6 a gasolina do Palisade exige um óleo 5W-30 totalmente sintético. O intervalo de troca para uso normal é de 12.000 km ou 12 meses. Já para o uso severo, a recomendação é realizar a troca a cada 7.500 km ou 6 meses.
A versão híbrida do KONA, com motor 1.6 GDI, utiliza óleo 0W-20 ou 0W-30, sempre sintético. É importante notar que a versão 100% elétrica do KONA não utiliza óleo de motor, pois não possui motor a combustão. Portanto, essa rotina de manutenção não se aplica a ele.
Verificar o nível do óleo é um hábito simples e que previne muitos problemas. Faça isso a cada duas semanas. Primeiro, estacione o carro em um local plano e com o motor frio. Se o carro esteve ligado, espere pelo menos 10 minutos antes de medir.
Em seguida, localize a vareta de medição, que geralmente tem uma alça colorida. Puxe-a para fora e limpe-a com um pano. Depois, insira a vareta de volta até o fim. Retire-a novamente e observe a marca de óleo.
Ela deve estar entre as duas marcações, de mínimo e máximo. O ideal é que o nível esteja mais próximo da marca de máximo, mas nunca acima dela. Se estiver abaixo do mínimo, complete com o mesmo óleo especificado no manual.
Se estiver acima, procure um profissional para remover o excesso, pois óleo demais também é prejudicial. Com o nível muito acima, há riscos de vazamentos que podem comprometer o funcionamento.
Vazamentos de óleo nunca devem ser ignorados. Fique atento a alguns sinais claros. O mais óbvio são as manchas escuras no chão da garagem. Outro sinal é o cheiro de óleo queimado, que ocorre quando o fluido vaza sobre partes quentes do motor.
A fumaça azulada saindo do escapamento também é um alerta. Geralmente, ela indica que o óleo está sendo queimado junto com o combustível. As causas mais comuns para vazamentos são juntas e retentores desgastados pelo tempo. Bujão e filtro de óleo mal apertados após a última troca também podem vazar.
É importante saber que o excesso de óleo também causa problemas. Colocar óleo acima do nível máximo aumenta a pressão interna no motor. Isso pode forçar o surgimento de vazamentos e fazer com que o óleo vire uma espuma. Espuma não lubrifica, causando um desgaste tão severo quanto a falta de óleo.
Ignorar a troca de óleo é o caminho mais curto para o reparo mais caro de um carro. Com o tempo, o óleo velho perde suas propriedades e se contamina, formando uma borra espessa. Essa borra entope as galerias internas, impedindo que o óleo chegue a partes vitais do motor.
Quando isso acontece, o motor sofre com a falta de lubrificação. O atrito entre as peças aumenta drasticamente, causando um desgaste acelerado e superaquecimento . Esse processo leva à perda de potência, aumento do consumo e, no pior dos casos, à falha total de componentes.
Rodar com o nível baixo também é perigoso, pois a menor quantidade de óleo se degrada mais rápido. Já o cenário sem óleo é catastrófico. O atrito e o calor se tornam tão intensos em segundos que as peças metálicas podem se fundir. É o que popularmente se chama de "fundir o motor", um dano quase sempre irreversível.
Como vimos, o óleo é essencial para o bom funcionamento do seu SUV. Seguir as recomendações do manual do proprietário não é apenas um cuidado, mas um investimento na durabilidade e na segurança do seu veículo. E se você quiser mais dicas de como cuidar bem do seu veículo, assine nossa .